Nova métrica para avaliar pesquisadores

Como venho discutindo há bastante tempo a avaliação mono-dimensional de pesquisadores por artigos publicados é uma técnica reducionista que gera muitas distorções. Certamente métricas são importantes como auxiliares para o processo de avalição, mas não podemos ser governados por algoritmos. Agora surgiu uma nova métrica importante: 

Em 2015, Mena-Chalco e colaboradores propuseram em um artigo científico um novo indicador, o índice-h genealógico, para avaliar o êxito de um cientista na tarefa de formar sucessores. Um pesquisador com índice-h genealógico 5 é aquele que teve ao menos cinco “filhos” acadêmicos (orientandos), sendo que cada um deles orientou pelo menos cinco pesquisadores. “Trata-se de uma proposta de indicador para avaliar a fecundidade acadêmica de um pesquisador”, diz.

 Gostei da proposta, pois indica de forma clara a capacidade de geração de novos pesquisadores e a responsabilidade social de um profesor/pesquisador. O desenvolvimeto da ciência no Brasil ainda depende essencialmente da formação de pesquisadores de alta qualificação e em nível de conhecimento de ponta. No artigo Galhos e raízes da árvore da ciência da Revista Pesquisa da FAPESP há uma resenha mais completa sobre o tema.

(Acessos 599)